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segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Aqui há umas semanas . . .

. . . estava no Mc Donalds com uma amiga minha. E vi um miúdo pequeno com o seu avô.E achei aquela situação um doce! Então, mencionei-a à minha amiga. E ela olhou para eles e disse: "Aquele miúdo tem o melhor avô do Mundo. E muito moderno! Quem me dera que o meu avô me levasse ao Mc Donalds."

E, na altura "chocou-me" ela não achar o avô dela o melhor avô do Mundo. Porque eu acho o meu avô (e as minhas avós) os MELHORES do Mundo, no matter what! E aquela frase ficou-me na memória até aos dias de hoje . . . E no outro dia, pus-me a pensar: "Como é que eu justificaria a alguém, imparcialmente, que os meus avôs são os melhores do Mundo?" E a resposta surgiu no segundo a seguir muito naturalmente . . .

A minha avó materna é a melhor do Mundo porque teve 7 filhos e por causa disso eu tenho 12 primos! Este não é para mim o único motivo pelo qual é a melhor avó do Mundo. (O facto de ser despachada, querida, pequena, fazer natação, chamar-me "macaquinha de genela" and so on fazem dela a MELHOR avó do Mundo). Mas e se ela fosse uma pessoa insuportável, chata, aborrecida, irritada e isso tudo. Eu continuaria a achá-la a MELHOR avó do Mundo? Sim. E a minha justificação seria: por causa dela eu tenho 12 primos, 6 tios e 6 tias. Uma (grande) família!

Os meus avôs paternos são os melhores do Mundo porque vivem no MELHOR sítio do Mundo e por causa disso eu conheço 4 pessoas ESPECTACULARES, (por ordem alfabetica:) a A., o B., a C. e a E.. (Lá está, novamente este é um dos 999999999999999999 motivos que arranjo para os considerar os melhores do Mundo.) E nestas 4 amizades não estou a contemplar a amizade do meu primo P. que muitas vezes não menciono mas acho que é porque ele faz parte da minha vida que às vezes me esqueço que ele também poderia não ser o primo/amigo que é. E, agora coloco a mesma pergunta: e se os meus avôs fossem as pessoas mais insuportáveis do Mundo, mais chatas, mais aborrecidas, mais irritadas, etc. eu continuaria a achá-los os MELHORES do Mundo? E a resposta naturalmente que seria sim. Porque são os MEUS avôs. Porque são os MEUS ÚNICOS avôs paternos. E porque pelo simples facto de eles viverem ali eu já GANHEI muito. EU já GANHEI MUITO MAIS do que 4 amizades de TOPO! Já ganhei o MUNDO!

E quem diz essas 4 amizades, diz os 12 primos! + 1

Porque felizmente há coisas que não se comprem. O melhor da vida FELIZMENTE não se compra.

E quem diz os avôs, diz os pais. E eu esqueço-me muitas vezes disso...=X  Esqueço-me que tenho MUITA SORTE por ter os pais que tenho e por tudo o que isso acarreta. Porque nunca conheci outra realidade. E se é verdade que ninguém devia conhecer é também verdade que muitas a conhecem e aqueles que como eu nunca passaram por essas situações esquecem-se de pensar nisso e agradecer a sorte que têm!

E, para terminar, este texto (lamechas) lembrei-me de uma coisa que pode parecer que vai contra algumas coisas que escrevi aqui mas, que na minha opinião não vai. E o que é? Já reparei que se a minha mãe disser à minha frente ou de maneira que eu oiça qualquer coisa de mal em relação à minha avó materna, por exemplo, às vezes a minha avó fica um dia inteiro sem atender o telemóvel ou o telefone de casa e a minha mãe passa-se e diz-me: "Aquela sacana..." Ui! Quando essas palavras chegam até aos meus ouvidos é ver-me abrir muitos os olhos para a minha mãe e dizer-lhe: "Não falas assim da avó!". Mas o mesmo não acontece quando se trata da minha mãe. Muitas vezes os meus tios dizem-me: "Então, a minha maninha?" E, eu invariavelmente respondo: "É uma chata!". E ui, aí é ver a situação inverter-se e serem eles a defendê-la. E não eu. Mas isto, claro não quer dizer que eu não gosto da minha mãe. Porque para mim essa realidade é surreal. Eu, por mais que discuta com a minha mãe, por mais que às vezes já não a possa ver à frente, eu gosto dela e MUITO. Eu AMO-A! E porquê? Porque ela é a minha mãe (ponto)! Porque mãe é mãe e eu não tenho outra! O mesmo se passa, claro, com o meu pai. Mas do meu pai poucas foram as vezes que eu disse que ele era um chato . . .

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