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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Silêncio! Vamos gravar... Som! Câmara! Acção! #7

Os Óscares estão a aproximar-se... (São já este fim-de-semana!) E eu não vou conseguir ver todos os filmes nomeados para «melhor filme» antes da cerimónia mas, por agora estou satisfeita porque tinha realmente intenção de ver três e já vi dois. Podem espreitar o que escrevi acerca dos dois primeiros filmes que vi aqui e aqui. E, para saberem a minha opinião sobre o terceiro filme continuem a ler....

Em primeiro lugar, o mais importante a dizer é o filme que vi e sobre o qual vou escreve. O filme foi:



 «O jogo da Imitação»

Caso queiram estar a par sobre o que o filme fala ou queiram estar mais a par vejam a sinopse e o trailer do mesmo:

« Durante o inverno de 1952, as autoridades britânicas entraram na casa do matemático, criptoanalista e herói de guerra
Alan Turing para investigar um assalto. Em vez disso, prenderam Turing por atentado ao pudor, uma acusação que levaria à sua devastadora sentença pela ofensa criminal de homossexualidade - mal sabiam as autoridades que estavam a incriminar o pioneiro da computação moderna. Na liderança de um grupo de académicos, linguistas, campeões de xadrez e analistas, Turing foi reconhecido por quebrar o até aí indecifrável código da Enigma, a máquina utilizada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. »



Eu depois de ler a sinopse e o trailer imaginei o que seria o filme e, confesso que foi um pouco diferente daquilo que eu estava à espera... Sinceramente estava à espera que o filme fosse menos focado na personagem principal e na sua vida. Estava à espera que o filme fosse mais intenso, ou seja, tivesse mais partes sobre o trabalho desenvolvido pelo protagonista e a sua equipa. Tive até receio que o filme tivesse tempo demais nessas cenas e, que por isso, contivesse momentos mais aborrecidos mas, isso não aconteceu. Para mim este filme não teve momento nenhum aborrecido! É verdade que também não é nenhum filme de acção ou tem várias coisas a acontecer ao mesmo tempo. Não. É um filme que dá para seguir sem qualquer dificuldade.

Uma coisa que eu senti desde o início pelo protagonista foi empatia! É verdade que percebi logo a partir da entrevista que o senhor era arrogante e não era a pessoa mais sociável à face da Terra mas, percebi que essa arrogância estava relacionada com o génio que ele era e todo o trabalho desenvolvido por ele. Todo o sucesso que ele tinha na sua área de formação/estudo era fruto de muito trabalho e dedicação. E, por isso não lhe levei a mal a arrogância e, como consequência o ser anti-social. Gostei até muito quando ele teve um sugesto mais amigável para com os seus colegas de equipa (um gesto simples mas, com significado).

É engraçado que este é mais um fruto da arte que eu gosto e que está relacionado com a II Guerra Mundial... Gostava de um dia saber explicar isto!

Além disso, este filme é muito actual! O protagonista (e a sua equipa) tinham perfeita noção da grandiosidade daquilo que estavam a criar mas, muitas vezes as outras pessoas (principalmente os investidores) querem resultados para ontem! E, caso em x tempo o seu investimento não esteja a dar lucro é porque não vale a pena... Gostei de ver a garra e a convicção com que o protagonista defendeu a sua criação e, em consequência disso o apoio que o resto da equipa demonstrou (mesmo com as suas dúvidas acerca da máquina permaneceram do lado do mentor!).

A parte do fim... A mais tocante! A injustiça, o preconceito e tudo a que estes dois está associado na sua forma mais ingrata e também na sua forma mais grata! É principalmente nesta última parte que nós todos, a Humanidade, devemos pôr os olhos e aprender! Aprender com os erros do passado! Não os precisamos também nós de os cometer para percebermos que são erros!

Uma das coisas que eu quero dar ênfase relativamente ao filme é uma frase que é proferida (salvo erro três vezes) e que é BRILHANTE!!! A frase é esta: 

« Às vezes, são aqueles que menos esperamos que fazem as coisas que ninguém imagina.» 

Quantas vezes já nos aconteceu isto? Tantas, não é verdade? (Para o bem e para o mal, infelizmente.)

Outra coisa à qual quero dar ênfase e que também retirei do filme é uma «lição» que se tira de uma anedota contada pelo protagonista à sua equipa. E é ela:

« Estão duas pessoas numa floresta e aparece um urso. As duas ajoelham-se. A primeira para rezar e a segunda para atar os atacadores. A primeira pergunta à segunda: "O que estàs a fazer? Tu não corres mais do que um urso." Ao que a segunda lhe responde: "Não preciso de correr mais do que um urso, basta que corra mais do que tu."

Considero que, dos três filmes que já vi e que estão nomeados para a categoria de «Melhor Filme» dos Óscares deste ano - «A Teoria de Tudo» e « Boyhood» são os outros - este é aquele que transmite mais mensagens mas, penso que os outros têm mais possibilidades de ganhar a estatueta.
sobre o terceiro filme que já vi

Com isto, concluo este meu post. Boa Quinta-feira!!!

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