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sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Peça de Teatro «Insónia» com o Fernando Mendes

Gosto de cinema mas, também gosto de teatro.

Ultimamente não tenho quase ido ao teatro mas, há algumas peças que quero ver. Por isso recentemente fui ao Teatro Armando Cortez, também conhecido por Casa do Artista ver o Fernando Mendes na peça «Insónia»:


Em palco só está o Fernando Mendes mas, mesmo assim acabam por aparecer várias pessoas desempenhando várias personagens através de vídeos.

A peça tem piada e nem se dá pelo tempo passar.

A história que esta peça conta é de um Custódio que foi deixado pela mulher e não consegue adormecer. 

Vamos ouvindo O CR 50 (como ele se refere a si mesmo) a falar da sua relação com a mulher, com o filho, com o patrão, com o colega de trabalho, com os amigos, etc..

Vamos ganhando um carinho pela personagem e até chegamos a ter alguma pena por ter sido deixado... Mas, nos momentos seguintes também conseguimos perceber porque é que a mulher o deixou.

Quando achamos que a peça não tem mais para nos apresentar eis que acaba com um gargalhada geral do público.

Aquilo que está escrito sobre a peça é isto:

«Em ‘Insónia’, Fernando Mendes estará a solo e encarnará na pessoa de Custódio Reis, um vendedor de vinhos e licorosos, que vive com a corda no pescoço. Tanto financeiramente, como familiarmente. É o comum português de classe média, que vive afogado em dívidas e créditos.
Custódio encontra-se à beira do divórcio. A mulher, Sónia, esgotou de vez a sua paciência para com um marido que é cada vez mais um falhado e um tipo sem rumo ou grandes objetivos de vida para além de comer, beber e dormir.
É um marido ausente e um pai ainda mais. Não tanto por falta de amor, mas mais de energia… Custódio sente-se cansado, pesado e sem paciência. A única ginástica que faz é financeira e a pouca pachorra que ainda vai tendo é para o trabalho. Aos dezassete anos começou a trabalhar como padeiro. Hoje em dia, vende vinho, mas, na verdade, é quase tanto aquele que bebe como aquele que vende. Até gosta do que faz e acha-se entendido em vinhos, não o sendo verdadeiramente.
É, em boa verdade, um tipo sem grande profundidade intelectual e sem grandes teses filosóficas. Por sua vez, é desenrascado e tem lábia de vendedor. O típico português de café que fala de tudo sem dizer quase nada.
Certa noite, Custódio, que sempre teve preguiça de pensar muito na sua vida, pára para pensar e ao contrário de passar a noite a ressonar, como é seu hábito, não consegue dormir. Tem uma terrível insónia. Uma insónia onde vai questionar tudo na sua vida e tentar encontrar soluções. Só que, por mais que grande parte dos seus problemas tenham soluções óbvias, para um homem que foi toda a vida assim, a mudança não parece fácil.
Assistimos, então, a uma hilariante crise interior pela qual, em tempo real, Custódio vai passar, na tentativa de alcançar a paz de alma necessária para que volte a conseguir dormir.
Pelo meio desta ‘Insónia’ vamos assistindo a alguns programas de televisão que Custódio vai vendo para “ver se chama o sono”, onde Fernando Mendes protagoniza momentos muito improváveis com alguns dos seus amigos e colegas de toda a vida.
Insónia’, um espetáculo para brincar com coisas sérias.»

 Ao contrário da última peça que fui ver (e sobre a qual escrevi) desta peça gostei e acho que é um bom momento que se passa a ir assistir à mesma.

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