... mais uma peça de teatro:
Hoje à tarde, fui ao Teatro Aberto ver a peça «O Pai». Dois dos protagonistas (os principais) são o João Perry e a Ana Guiomar.
O tema sobre o qual é a peça é a demência que este pai André sofre e como isso afecta a sua própria vida e a da filha e, na realidade, não só a deles.
A sinopse está aqui:
"Não sabe onde deixou o relógio e em que casa está. Suspeita que o andem a roubar e lhe queiram ficar com a casa. O tempo, o lugar, as pessoas, o mundo à sua volta tornam-se cada vez mais estranhos. Quem está esquecido, confuso, errado? O pai? A filha? O genro? Os outros, que aparecem para ajudar?
No labirinto em que a vida se transformou, são muitas as encruzilhadas porque as grandes questões da existência irrompem na normalidade do quotidiano. É preciso encontrar soluções para a perda de autonomia, o desvanecer da identidade e a solidão. E continuar a viver."
Para além da peça em si, existiu ainda uma conversa com o elenco e outras pessoas envolvidas na peça. (Nunca me tinha acontecido!)
Relativamente ao que achei da peça: não a achei maçadora nem me deu o sono - algo que por vezes pode acontecer porque uma pessoa passa muito tempo calada e parada - e a peça teve a duração de 1h40 sem intervalo.
Sem dúvida, que fiquei confusa com a história porque tem uma cena que se repete e tem lá partes em que parece que dois actores representam as mesmas personagens... Isto foi algo levemente falado na tal conversa e tenho esperança que ao longo dos dias a peça começa a fazer sentido na minha cabeça. Nunca nos podemos esquecer, como nos foi dito que, a peça é na perspectiva d'O Pai.
Para mim, continua a fazer sentido e gosto muito de ir ao teatro! Desde o pano levantar e eu pensar:"Ele/a está mesmo ali. A pouca distância de mim!". Até ao sentido de estar a ver mesmo uma coisa que se está a passar naquele momento e não estar a ver algo através de um ecrã.
Além disto tudo, não tenho saído nada desiludida com os actores e com as histórias. E com os próprios teatros!
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