Posso dizer com muito orgulho que consegui acabar de ler o livro no dia 23 de Maio. Confesso que gastei umas horas do fim-de-semana para avançar e muito com a leitura (caso não o tivesse feito não teria concluído esta missão com sucesso).
Agora relativamente ao livro em si comecemos pela sinopse para se saber um pouco do que se está a falar:
"Japão 1917. Por desonrar o nome da família, o jovem Katsuro é exilado pelo seu próprio pai, um poderoso governador, num ilhéu inóspito. Abandonado, o rapaz irá deparar-se, pela primeira vez, com o terrível segredo da família Tsukuda, enquanto luta para sobreviver à fome, à sede e à culpa.
Lisboa, cem anos depois. No Liceu Camões, um dos mais antigos da cidade, um professor de Geografia suicida-se numa sala de aula. O nosso narrador, funcionário do liceu e alcoólico em recuperação, decide inaugurar uma reunião semanal para ajudar os colegas a superar o choque. Numa noite de Inverno, um misterioso desconhecido aparece no encontro. É japonês e chama-se Tsukuda. O seu estranho comportamento desperta no narrador um fascínio doentio. Ambos são perseguidos pelo passado, ambos desejam o impossível.
Algures entre o sonho e a mais pura realidade, Ensina-me a voar sobre os telhados é um lugar onde um pai e um filho aprendem a amar-se,é um espaço onde se procura aceitar dores antigas e abraçar a fragilidade humana. Um romance que é uma elegia à beleza imperfeita da vida."
Nunca tinha lido nada deste autor português e por isso fiquei satisfeita porque iria ser um dois em um para mim - tenho interesse em ler pelo menos um livro de alguns autores (especialmente portugueses.)
Mas, infelizmente o livro não me aqueceu nem me arrefeceu.
É um livro triste. Sobre dois homens com problemas e com vidas infelizes. Em ambas as histórias há uma relação em comum: a relação pai-filho.
Apesar de ser um livro triste não me deixava na «mó de baixo» quando o lia, ou seja, não me deixava triste. Também não o achei um livro pesado apesar de ter algumas situações delicadas.
Em tom de brincadeira foi comentado no Clube e eu concordo que o livro não necessitava de tantas páginas. Infelizmente, durante grande parte do livro as histórias não avançam... E fazem o leitor pensar que isso mais tarde vai acontecer mas, infelizmente acaba por não acontecer.
De qualquer maneira, não considero que não gosto de João Tordo. Algumas pessoas no Clube disseram e pelos vistos ele também na altura do lançamento deste livro, que esta obra era diferente de todas as outras que ele já tinha escrito. Por isso e tendo em conta que eu tenho outro livro dele (comprado o ano passado na FLL) este deve ser um autor português ao qual eu vou voltar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário