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segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Leituras de 2018 #19

O ano de 2018 já caminha a passos largos para o fim e eu continuo a ler (a bom ritmo, na minha opinião) e para 19º livro lido deste ano escolhi o "Travessia de Verão" de Truman Capote.


Tive o azar de quando comecei a ler este livro pesquisar opiniões sobre o mesmo e acabar por ler uma opinião que continha também o final da história do livro…
Mas, por outro lado, também li muita curiosidade sobre como este livro chegou até às livrarias. Vou partilhar: a história deste livro foi escrita por Capote durante muitos anos uma vez que, ele escrevia e corrigia o que escrevia. Pelo que li não se sabe se ele «arrumou» para um canto este manuscrito ou se ainda o estava a desenvolver na altura do seu falecimento. Outra particularidade que os fez ter dúvidas foi o facto de a história ser pequenina (especialmente quando comparada com outras histórias que o autor escreveu). Além disso, esta história termina com um final aberto…
E é verdade, o livro «Travessias de Verão» foi publicada postumamente. E esta decisão não foi fácil de tomar uma vez que, dois amigos de Capote não sabiam da existência deste manuscrito pela boca de Capote e por isso mesmo não sabiam também se ele gostaria que esta história visse a luz do dia. Os cadernos onde esta história foi escrita foram deixados «para trás» no apartamento de Brooklyn que Capote disse para um porteiro deitar para o lixo o que ele lá tinha deixado. O que é que na realidade aconteceu? Esse porteiro guardou alguns caixotes com alguns desses objetos numa arrecadação. Anos mais tarde, devido ao falecimento desse porteiro, o seu sobrinho deu com os caixotes e vendeu o seu conteúdo.
Saindo do contexto do livro: eu pretendia mesmo ler uma história pequena e simples e este livro cumpriu o meu objetivo. Sem dúvida alguma que, se Capote quisesse escrever mais e tornar a história maior tinha essa possibilidade porque as personagens que nos apresentou e as situações pelas quais elas passaram permitia que isso acontecesse. Mas, isso será sempre uma incógnita!

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